Em notas, Forças Armadas garantem que cumprirão Constituição.
Comandantes militares se reuniram nesta
sexta-feira Pela primeira vez e externa suas opiniões, com o presidente Temer.
BRASÍLIA
— Os comandos das três Forças Militares (Marinha, Exército e Aeronáutica)
fizeram questão de garantir, neste momento de crise política sua total
subordinação aos preceitos constitucionais, em notas divulgadas, nesta
sexta-feira. A manifestação ocorreu horas depois de um encontro com o
presidente Michel Temer e num momento de instabilidade política.
Temer se reuniu com os três comandantes e ainda com o ministro da
Defesa, Raul Jungmann, e com o ministro-chefe do Gabinete de Segurança
Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen. Em nota, o comandante do Exército,
general Villas Bôas, "reafirma que a atuação da Força Terrestre tem por
base os pilares da estabilidade, legalidade e legitimidade, e ressalta a coesão
e unidade de pensamento entre as Forças Armadas". Nos textos, os
comandantes militares disseram que foram "convocados" para o encontro
onde se discutiu a conjuntura atual. Os comandantes militares destacam que as
Forças Armadas têm seu papel determinado pela Constituição. O cuidado foi para
evitar interpretações de que o encontro com Temer poderia ser um apoio ao
presidente neste momento.
O
general ainda fez questão de deixar clara sua posição nas redes sociais. No
Twitter, escreveu que esteve com Temer e que reafirmou o "compromisso
perene com a Constituição e em prol da sociedade". Na mesma linha, a nota
da Aeronáutica é assinada pelo chefe do Centro de Comunicação Social da
Aeronáutica, brigadeiro Antônio Ramirez Lorenzo. A nota diz que o encontro foi
para "tratar da conjuntura política".
"Como
de praxe em reuniões já realizadas entre esses atores, prevaleceram a unidade
de pensamento e o estrito cumprimento das normas legais, características
inerentes às Forças Armadas Brasileiras", diz a nota.
Com
o mesmo tom, a Marinha divulgou nota sobre o encontro, destacando que fora
"convocada" pelo ministro da Defesa. Segundo o texto, foi "
discutida a conjuntura atual e destacada a total subordinação das Forças aos
ditames constitucionais".
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