HISTÓRIA DE BARREIRAS (IGNEZ PITTA E WIKIPÉDIA)
NASCIMENTO
DE BARREIRAS:
A partir de 1600, Francisco Garcia
Dávila, junto com Domingos Afonso Serra, iniciou a conquista da margem esquerda
do rio São Francisco, guerreando contra os índios e estabelecendo fazendas na
região, que, devido à sua fertilidade, foi sendo ocupada com a implantação da
agropecuária. Pertencente a Pernambuco e sem dispor de nenhum órgão que aqui
representasse o governo português, em finais de 1600 os habitantes começaram a
reivindicar ao rei a instituição desses órgãos, que aqui funcionassem, sem
necessidade de se viajar até Recife.
Assim, o rei de Portugal D. Pedro II
enviou ao Governador Geral do Brasil, D. João de Lancastre, uma carta assinada
a 02 de dezembro de 1692, determinando a criação de arraiais na região.
A região Oeste no Estado da Bahia –
Primeiro documento específico para nossa Região
Carta
Régia
“Dom João de Lancastre, amigo Por
parte dos povoadores da Lagoa de Parnaguá (situada no Piauí), rio Preto, rio
Grande e rio São Francisco e circunvizinhos se me apresentou a que o grande
dano a que padecem em suas fazendas de gado, com os constantes assaltos do
gentio bárbaro (índios), a que não podem resistir por estarem ditas fazendas
divididas, o que só se poderia remediar situando-se algum arraial de gentio
manso no lugar mais oportuno, aldeando-se para serem permanentes” D. Pedro II –
Rei de Portugal
Institucionalização
da Região
Por força desta Carta Régia foram
oficializados como arraiais os três mais antigos núcleos habitacionais da nossa
região:
No Rio Preto – Santa Rita
No Rio Grande – Campo Largo (atualmente distrito de Taguá)
No Rio São Francisco, em frente à confluência do Rio Grande – Barra.
No Rio Grande – Campo Largo (atualmente distrito de Taguá)
No Rio São Francisco, em frente à confluência do Rio Grande – Barra.
Logo em seguida, em 1700, toda a
região foi instituída como distrito de Cabrobó, em Pernambuco, tendo sua sede
em Barra, para onde foi constituída a primeira autoridade da área: o Juiz Braz
Martins de Rezende, seguida de outras, como ouvidor.
Formação
Territorial – Criação dos primeiros municípios
O primeiro município da Região Oeste
foi São Francisco das Chagas da Barra do Rio Grande do Sul – Atualmente Barra,
criado através da Carta Régia de 1752, abrangia toda a área que é hoje o Oeste
baiano. Todos os outros que se formaram a seguir desmembraram-se de Barra.
Segundo Município – Campo Largo –
Constituído através do Alvará Régio assinado por D..João VI em 03 de junho de
1820, com o território desmembrado de Barra. Abrangia a área de doze dos quinze
municípios que atualmente formam a nossa Micro-Região do Rio Grande.
Terceiro Município – Santa Rita –
Emancipado de Barra através da Lei Provincial nº 119, de 26 de março de 1840.
De Santa Rita emanciparam-se Formosa do Rio Preto e Mansidão.
Criação
dos demais municípios
Em 05 de julho de 1890, através da
lei assinada pelo Governador da Bahia, Marechal Hermes da Fonseca, Angical se
emancipou de Campo Largo. No ano seguinte Barreiras se emancipou de Angical,
através da lei assinada pelo Governador José Gonçalves da Silva em 06 de abril
de 1891, sendo instalado o município no dia 26 de maio do mesmo ano.
Novos Municípios
No início da década de 1960, Riachão
das Neves emancipou-se de Cotegipe; Os distritos de Baianópolis, Catolândia e
São Desiderio desligaram-se de Barreiras; Cristópolis, Brejolândia Tabocas do
Brejo Velho desmembraram-se de Angical.
Em 1985 Wanderley separou-se de
Cotegipe e no ano de 2000, o distrito de Luís Eduardo Magalhães emancipou-se de
Barreiras.
Com Formosa do Rio Preto e Mansidão,
que se desligaram de Santa Rita, perfazem-se os quinze municípios que
constituem a nossa região.
Texto da Professora Ignes Pitta
Publicado no Portal A História de Barreiras
HISTÓRIA DE BARREIRAS:
Publicado no Portal A História de Barreiras
HISTÓRIA DE BARREIRAS:
Barreiras, é um município brasileiro do estado da Bahia.
Sua população segundo o IBGE 2016 é
de 155 519 habitantes, sendo o município mais populoso do oeste da Bahia.
É o
décimo primeiro município baiano com maior população. Situada
no Extremo
Oeste da Bahia, a cidade é cortada pelo Rio Grande,
principal afluente da margem esquerda do Rio São Francisco,
e é atravessada por três rodovias federais sendo elas a BR 020, a BR 135 e a BR 242 tornando-a, no principal
entroncamento rodoviário da região.
O município é um importante polo agropecuário e o principal centro urbano, político, educacional, médico,
tecnológico, econômico, turístico e cultural da região oeste da Bahia.
Barreiras, junto às suas cidades
circunvizinhas, compõe a maior região agrícola do Nordeste. Além
dessas potencialidades, pode-se perceber também intensa atividade comercial
abastecendo toda região num raio de 300 km. Hoje, por força de seu grande
desempenho nos setores do comércio e da prestação de serviços, Barreiras ocupa
posição de destaque entre os maiores centros econômicos e populacionais do
estado, e é uma das principais cidades da região nacionalmente conhecida
como MATOPIBA.[7]
Nesse contexto de cidade polo regional, Barreiras cada vez mais tem se
fortalecido economicamente dado ao seu desenvolvimento em segmentos e setores
diversificados dando-lhe um ritmo de desenvolvimento mais acentuado,
sustentável e seguro, com fornecimento de serviços diversos (com destaque na
educação e saúde), comércio pujante e agronegócio, forte incremento imobiliário
e em construção civil, entre outros segmentos que complementam entre si.
A cidade possui o terceiro maior IDH do estado da Bahia com
média de 0,721 atrás apenas de Salvador e Lauro de Freitas, além de ter o segundo maior
do interior da Região Nordeste atrás
apenas de Imperatriz, no Maranhão.
Na época da chegada dos colonizadores europeus ao Brasil (século XVI), a
porção central do país era ocupada por indígenas do
tronco linguístico macro-jê, como os acroás, os xacriabás, os xavantes, os caiapós, os javaés, dentre outros.[8]
A região onde está localizada a cidade de Barreiras pertenceu a Pernambuco até meados de 1824. D. Pedro I desligou o atual Oeste
da Bahia do território pernambucano como punição pelo movimento
separatista conhecido como Confederação do
Equador. A então Comarca do São Francisco foi o último território
desmembrado de Pernambuco, impondo àquele estado uma grande redução da extensão
territorial, de 250 mil km² para os 98.311 km² atuais. Após três anos sob
administração mineira, a região
foi anexada à Bahia em 1827.[9][10][11]
Em 1850, habitava uma casinha junto ao porto, em
terreno da Fazenda Malhada, de propriedade do coronel José Joaquim de Almeida,
o barqueiro Plácido Barbosa, tido como o pioneiro do município, que juntamente
com seu patrão, Francisco José das Chagas, morador a meia légua dali, se ocupava de receber e
descarregar as barcas chegadas, cujas mercadorias fazia seguir em tropas de
animais para localidades vizinhas do estado de Goiás ou para fadas da Ribeira. Em 1880 era
um povoado com 20 casebres de taipa ou adobe. A grande abundância, nas matas
locais, da mangabeira, de cuja
seiva se fazia a borracha, foi fator definitivo de crescimento e de uma nova
atividade econômica, pela qual o acanhado povoado pôde progredir mais
rapidamente e obter, logo no ano seguinte, 1881,
a criação de sua freguesia. Mais 10 anos de franca prosperidade passou a ser
distrito de paz do município de Angical, em virtude de Lei municipal de 20 de
fevereiro de 1891. Em seguida ganhou a categoria de vila, a
que foi elevado pela Lei estadual nº 237, de 6 de abril de 1891, que também
criou o município respectivo, com território desmembrado do de Angical. A vila
e o Conselho Municipal começaram a funcionar em 26 de maio de 1891, enquanto o
"Fórum", em agosto do mesmo ano.[12]
A sede municipal adquiriu foros de cidade pela Lei estadual nº 449, de
19 de maio de 1902 investindo-se nessa categoria em 15
de novembro desse mesmo ano, quando já possuía mais de 630 casas e 2.500
habitantes. Em 15 de março de 1943 começou a operar
uma agência do Banco do Brasil,
o primeiro banco da cidade.
No início do século XX o
progresso chega a Barreiras e deixa marcas dessa época, nos imponentes casarões
de arquitetura
neoclássica. Verdadeiro monumento arquitetônico, que em parte
sobrevive até hoje mesmo com o acelerado crescimento urbano da cidade.
Em 1908, um jornal semanal "Correio de
Barreiras" era publicado e editado pela Tipografia Lima. No ano de 1918,
Geraldo Rocha, inaugura o Cine Teatro Ideal, onde programas de auditórios e
espetáculos musicais fizeram o maior sucesso, sob o comando do talentoso Mário
Cardoso.
Na década de 1920,
com o aumento do consumo de energia elétrica, o aproveitamento dos rios
tornou-se importante. Agraciada com a segunda hidrelétrica da Bahia, Barreiras
atraiu muitas indústrias, que foram fechadas quando a usina foi desativada.[13]
A chegada da energia elétrica impulsionou as usinas beneficiadoras de cereais
e algodão, possibilitou a instalação de uma fábrica de tecidos e fios de
algodão e de um curtume industrial instalados pelo Cel. Baylon Boaventura.
Nesta mesma época, Dr. Geraldo Rocha, havia fundado a empresa Cia. Sertaneja e,
através dela, muito realizou para o progresso de Barreiras. Na década de 1930, Dr. Geraldo Rocha, constrói um
grande Frigorífico Industrial que produzia e exportava charque, paio, salame e
salsicha.[14]
No início da década de 1980, o município passou a receber
grande número de produtores rurais migrantes da Região Sul,
atraídos pelo seu potencial agrícola.[15]
Nenhum comentário:
Postar um comentário