quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Maioria da bancada baiana na Câmara votou contra Temer

Ao todo, 21 parlamentares do Estado disseram “não” ao engavetamento da acusação formal, enquanto 15 declaram “sim” e três se ausentaram; Carletto (PP) foi a surpresa negativa da noite. Aliás, vai ficar difícil a bancada pepista explicar ao governador Rui Costa como votou em peso contra seus interesses.

Pouco mais de um mês após chegar à Câmara, os deputados rejeitaram na noite de hoje (25) o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar o presidente da República, Michel Temer, e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral). Foram 251 votos contrários à autorização para investigação, 233 votos favoráveis e duas abstenções. Com isso, caberá ao presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, comunicar agora à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmén Lúcia, a decisão da Casa. Foram 486 votantes e 25 ausentes.
O parecer votado hoje foi apresentado pelo deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que recomendou a inadmissibilidade da autorização da Câmara para que STF iniciasse as investigações contra o presidente e os ministros. O parecer já tinha sido aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por 39 votos a 26, além de uma abstenção.
Disputa pelo quórum
Durante os últimos dias, a oposição, ciente que não teria os 342 votos necessários para autorizar as investigações, trabalhou intensamente para impedir que os deputados comparecessem à sessão. Isso porque o regimento interno da Casa estabelece que a votação só poderia ser iniciada com a presença mínima de dois terços dos deputados em plenário. Com isso, os oposicionistas pretendiam adiar a votação e, assim, prolongar o desgaste do governo. Os partidos de oposição chegaram a fechar acordo para que poucos deputados usassem a palavra e com isso não se alcançasse o quórum necessário para iniciar a sessão. 
Reagindo à tática da oposição, a base aliada e o próprio presidente da República passaram a acionar deputados da base, mesmo os que votariam contra o governo, para marcarem presença na sessão. Os governistas estavam confiantes de que alcançariam o número mínimo de presentes e também os 172 votos necessários para impedir o início da investigação.

Votaram pró-Temer entre os baianos: 

Antonio Imbassahy (PSDB)
Arthur Maia (PPS)
Benito Gama (PTB)
Cacá Leão (PP)
Claudio Cajado (DEM)
Elmar Nascimento (DEM)
João Carlos Bacelar (PR)
José Carlos Aleluia (DEM)
José Rocha (PR)
Lúcio Vieira Lima (PMDB)
Mário Negromonte Jr. (PP)
Paulo Azi (DEM)
Pastor Luciano Braga (PRB)
Roberto Britto (PP)
Ronaldo Carletto (PP)

Votaram contra Temer: 

Afonso Florence (PT)
Alice Portugal (PCdoB)
Antonio Brito (PSD)
Bacelar (Podemos)
Bebeto (PSB)
Luiz Caetano (PT)
Daniel Almeida (PCdoB)
Davidson Magalhães (PCdoB)
Félix Mendonça Júnior (PDT)
Fernando Torres (PSD)
Irmão Lázaro (PSC)
João Gualberto (PSDB)
Jorge Solla (PT)
José Nunes (PSD)
Jutahy Junior (PSDB)
Nelson Pelegrino (PT)
Paulo Magalhães (PSD)
Sérgio Brito (PSD)
Uldurico Junior (PV)
Valmir Assunção (PT)
Waldenor Pereira (PT)

Ausentes:

Erivelton Santana (PEN)
José Carlos Araújo (PR)
Márcio Marinho (PRB)

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