terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

ESTE É O BRASIL CABOCLO.


Altas temperaturas e seca ameaçam cafeicultura na Bahia e no BrasilAltas temperaturas e seca ameaçam cafeicultura na Bahia e no Brasil

Fonte Catarina Guedes
A cafeicultura na Bahia vive o momento mais difícil de sua história, e não apenas pelos preços baixos do café especial, hoje em torno de R320 a saca de 60kg. É a seca, que se arrasta desde a safra passada, que tira o sono dos cafeicultores, sobretudo da Chapada Diamantina. Os problemas climáticos serão abordados no 14° Simpósio Nacional do Agronegócio Café – Agrocafé, que será realizado de 11 a 13 de março, no Hotel Bahia Othon Palace, em Salvador. O painel “As alterações Climáticas e seus efeitos no Agronegócio Mundial é um dos mais aguardados do evento, e acontecerá no primeiro dia do Agrocafé, das 17h30 às 18h30, ministrado pelo pesquisador da Embrapa, ex-secretário de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente e membro do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudanças do Clima, Eduardo Assad.
De acordo com o presidente da Associação Baiana dos Produtores de Café – Assocafé, João Lopes Araújo, o risco de abandono da atividade por muitos produtores é iminente. “Esta seca é a mais severa da história da Bahia e o agricultor está sofrendo demais. Ainda que acabasse hoje, o problema se estenderia por pelo menos mais uma safra. É preciso um trabalho grandioso e imediato de liberação de crédito para recuperação dos cafezais”, afirma Araújo.

A solução está no Nordeste
 A Embrapa e outras instituições, como a Unicamp, estão trabalhando no desenvolvimento de variedades geneticamente adaptadas de café, tolerantes à seca e ao calor. E, de acordo com o pesquisador, a solução para o problema vem justamente do Nordeste. “No semi-árido, temos espécies nativas com alta tolerância à seca e elevadas temperaturas, que devem ser estudadas, pois suas características genéticas podem ser aproveitadas nas outras culturas. Desde 2007, a Embrapa Café vem desenvolvendo pesquisas buscando variedades de mais tolerantes à deficiência hídrica e também a altas temperaturas”, afirma o pesquisador.
 “Seguimos três caminhos na busca de soluções. Avaliamos a vulnerabilidade da cultura, estudamos as técnicas de mitigação do problema, como, por exemplo, o sombreamento, e pesquisamos e desenvolvemos cultivares tolerantes”, conclui Eduardo Assad.
 O Agrocafé 2013 é uma realização da Associação de Produtores de Café da Bahia – Assocafé, Federação da Agricultura do Estado da Bahia – Faeb, e Centro do Comércio de Café da Bahia.


Nenhum comentário: